7 de set. de 2016

Teto e a escuridão.



Olhando para teto. Só vejo a escuridão e sinto o calor do meu corpo. 
Escrevo parágrafo. Apago.
Penso, recrio a imagem ( o certo seria a paisagem). Apago.
A náusea passou. A febre nem tanto.  Meus dedos e pensamentos só querem escrever. 
Será que haverá alguma resposta.  Como posso esperar resposta se não perguntei coisa alguma? 
Calor. Será que é a febre?  Não.  Febre dá frio. 
Ouço o vento e a chuva bater na janela.
Seria bom tomar um café agora. Sentar e saborear seu gosto intenso. Xícara branca. Pires branco. Contraste do preto.  O cheiro atravessa a mesa. Os dedos percorrem a gola da camisa. 
Estralo. Arruma pulseira ou relógio. Um perfume que não sei decifrar.
 Morfeu anda brincando de me esquecer aqui deitado de barriga para cima. O teto e a escuridão. 
Poesia. Isso, versos ajudarão. 

Unhas pintadas de vermelho 
( não gosto. As unhas estão sem cor)
Olhos vermelhos, espelho.
( rima pobre demais)
Canção ao fundo do coração 
( deixa para lá os versos também não estão querendo me embalar) 

Olho em volto.  Silêncio da noite. Alguns sons... Um violão tocando ao fundo, criança dormindo. Um alarme disparado. Meu coração. 
Tem algo mais que eu possa dizer.
Febre.
Sono.
Perdido. 
Calor.
Medo.
Pensamento. 
Lembrança.
Teto e a escuridão. 




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