13 de jun. de 2013

A jornada da solidão


O risco da jornada da solidão, é gostar dela. Pior que isto, é não gostar, mas estar somente voltado para si, num mundo sem muitas vozes ou sorrisos, que tornar-se egoísta parece algo natural. 
Meu problema, minha dúvida, minha angustia, minhas lágrimas, meu sorriso...
Mesmo que a essência seja doadora , que queira  dedicar-se ao outro, cuidar, amar ternamente, fica sempre um esforço, e muitas vezes o insucesso de olhar através do quarto, e ver que  ainda há um mundo completamente independente de você lá fora.
Quando se gosta da solidão, este mundo a parte, cria regras únicas que não podem ser violadas. Fecha-se à realidade e cria-se contatos unicamente virtuais. A virtualização da vida antigamente, era feita com prosa e poesia ,hoje, os personagens são desenhados em redes socias na Internet, em jogos on line, em grupos restritos a algum tema etc
O que parece certo, é que o ser humano não é e nunca poderá ser uma Ilha. Por mais que existam perfis que  gostem de um grande tempo sozinho, hora ou outra ele necessita de contato com um ser da mesma espécie.
O que constantemente é fácil de observar, é a solidão sendo usada como refúgio.  Por medo de mágoas e feridas, utiliza-se a máscara do "prefiro estar sozinho". 
Num mundo com tantos bilhões de humanos, com uma característica que pode ser instinto de sobrevivência ou necessidade de felicidade -  a busca de companhia -  vemos principalmente nos grande conglomerados, tantos isolados, seja por qualquer um dos motivos anteriores. 
Ora, o poeta realmente estava certo? O mal do século é a solidão?
A unica resposta que concluo é que seja em qual o universo for - real, virtual, espiritual - sempre buscamos alguém que nos compreenda, e muitas vezes, a falta de compreensão é que gera o isolamento, ou a procura de um mundo dito paralelo.
Todo afeto é valido e respeito ainda é a maior prova de amor.

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