19 de abr. de 2013

Superficial.




Perco o tato com canções
antigas cantigas de ninar
mas as crianças cresceram 
tão longe do mar...

a inocência se foi com o beijo
e as perguntas, tornaram-se
preguiçosas
Não queremos pensar.

Nesta briga para manter pratos cheios
carros lindamente iluminados
vestidos ou ternos engomados
Nem sabemos o que é amar.

Perdemos o direito a dúvida
Ganhamos o dom da consciência
Sem nenhuma pitada de pureza
Devemos a quem uma conduta exemplar?

Tento e insisto
troco o disco , viro a página
e o verso se foi na tinta sem uso
sem intimidade com espaço em branco

o coração de poeta
entrega-se,liberta-se
sucumbe ao tempo ,vai com o vento
e não pode voltar.

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